segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

DE MANHÃ E AO SERÃO!

Hoje de manhã, ainda deitada já sabia que dia ia ter outra vez, a temperatura em casa não se aguentava. O frio era demais. Roupa e mais roupa vestida, na cama o mesmo acontece, que nem se pode com o peso da roupa em cima de nós. A água escorria na porta do quarto assim como nas outras portas e janelas. Nas paredes diria eu, que o bolor nasce como quem deita sementes há terra. No piso dos quartos dá para gelar mais os pés, do que quando se caminhava no meio do gelo, até parece mentira, mas não é. Hoje tirei mais umas fotos que vos mostro aqui.
Se de manhã, direi eu, que tive de exercer duas profissões, a de Sra. da Limpeza e a de Fotógrafa, há noite depois do jantar, foi a de Artes Plásticas. O meu filho precisou de dois dossiers para organizar os trabalhos dele, comprou-os na papelaria da escola e disse-me que eu tinha que fazer o mesmo que fiz aos outros. Simplesmente isto; dar verniz anti-oxidante nas argolas e nos restantes metais, para que pelo menos, não aconteça o mesmo que aconteceu aos outros, que poucas semanas depois de os ter comprado, ficaram com mais ferrugem do que certas peças de um ferro-velho, o garoto ia dando em maluco quando os viu. Pelo menos já que o meu filho não tem condições dignas de estudar em casa como outra criança qualquer, quero pelo menos que ele tenha o material escolar decente, sem ferrugem para trabalhar em condições, porque ele merece tudo.
Casa, a quanto me obrigas!
Direi que esta noite vai ser mais fria que a noite passada, porque enquanto escrevi isto deu para bater o dente e já nem sinto as pontas dos dedos, das mãos claro, porque os pés não estão tão mal. Tenho umas pantufas e dois pares de meias calçadas, um par são meias de pescador, das que eu faço. Mal sabia eu há 30 anos atrás, que a simples curiosidade em aprender a fazer meias de pescador iria ser um bem precioso para mim e para o meu filho, nos dias de hoje. Todos os responsáveis por isto que estou a passar, a esta hora não precisam sequer de umas botinhas de lã, para dormir porque o conforto em que vivem não é igual ao meu.

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